O BARCO

Num barco de papel,lancei minh’alma


Como velejante por terras de além-mar


Ao som dum fado numa guitarra


Que de longe vem. Sonhar, simples sonhar...






E quando a onda do mar se faz errante


Voam meus sonhos que não vou sonhar


E esse fado me traz a cada instante


A lembrança de meu amor a cantar






No seu cantar dolente e terno


Nas notas doces desse fado triste


Na solidão de noites d’inverno


Aflora-me o amor que ainda existe






E nesse andar de tão longas milhas


O mar revolto não conhece trégua


E me põe em desvios de outras trilhas


Cansado de caminhar tirana légua






E o som da guitarra ao longe se desfaz


Aumentando ainda mais a solidão


O mar em ondas agora beija o cais


E vejo fugir o sonho em cada mão








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